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Inteligência emocional no planejamento pedagógico de 2019

Depois de um belo exercício de cidadania e democracia, os brasileiros irão se deparar com um novo ciclo que mistura esperança e algumas incertezas.

Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, quase 50% da população acredita que teremos um ano melhor e um terço acha que pelo menos não irá piorar. O reflexo deste otimismo, por si só, já causará um efeito na economia que esperamos ser potencializado por um bom desempenho dos novos governantes.

O que preocupa é a continuidade ou até mesmo o aumento do descontrole emocional da população. Um diagnóstico simples atesta que uma grande parcela das pessoas está mais infeliz, intolerante, radical e agressiva. Sintomas colaterais provenientes de anos de crise econômica e institucional, potencializada pela Internet e, nos últimos tempos, por uma propaganda eleitoral extremista.

     Estes fatores patoplásticos, isto é, padrões de comportamento sociais e seus efeitos em cada indivíduo, contribuem sistematicamente para o aumento do estresse e do surgimento de distúrbios mentais, como transtornos bipolares e depressão.

No relatório feito pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU que mede o índice de felicidade mundial segundo os pilares: renda, liberdade, confiança, expectativa de vida, generosidade e apoio social, o Brasil, antes considerado um país otimista, aparece na longínqua 28ª posição logo atrás do Panamá. Os países mais felizes segundo a pesquisa encontram-se na Europa: Dinamarca, Suíça, Noruega e agora Finlândia.

No que tange a uma instituição de ensino, esta conjuntura afeta diariamente todos os envolvidos em um efeito cascata:

– Famílias – insatisfeitas, instáveis e agressivas.

– Líderes – estressados e adoentados.

– Colaboradores – vitimizados, desmotivados e com síndrome de burnout (esgotamento físico e mental).

– Alunos – aumento do bullying, estresse e queda no rendimento.

Para reverter este quadro, os líderes da instituição precisam de grandes doses de inteligência emocional, isto é, equilíbrio (inteligência intrapessoal) e bom relacionamento (inteligência interpessoal) para motivar seus colaboradores que, consequentemente, repassarão esta atmosfera positiva para os alunos e familiares.

O nível da inteligência emocional de todos os integrantes e não somente dos líderes ditará o resultado efetivo da empresa. Segundo Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional, quanto mais desenvolvidas são as inteligências interpessoal e intrapessoal de um indivíduo, maior será o seu coeficiente emocional.

Hoje, para uma empresa alcançar sucesso financeiro, alta qualidade na prestação dos serviços educacionais, eficiência e se destacar em meio à concorrência cada vez mais acirrada e à entrada de grandes investidores no mercado, é preciso um time que coloque em prática tudo que diz que sabe fazer, mais rápido e melhor que os outros. Isto somente acontecerá se a organização investir em educação emocional.

Christian Rocha Coelho

CEO Grupo Rabbit 

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