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“Time is life”

Em seu livro “Do Universo à Jabuticaba”, Rubem Alves aborda duas maneiras de medir o tempo. Uma delas foi concebida por homens apaixonados pela precisão dos números, como matemáticos, astrônomos, cientistas e técnicos. Para capturar o tempo com absoluta exatidão, criaram ampulhetas, relógios, cronômetros e calendários. Nesses dispositivos técnicos, todos os componentes do tempo – segundos, minutos, dias, anos – são moldados a partir da mesma substância: números e entidades matemáticas.

Ao longo da história, o homem desenvolveu várias maneiras de medir o tempo. No Período Paleolítico, os caçadores usavam traços em cavernas e ossos para contar os dias entre as fases da Lua e observavam os movimentos celestes para determinar estações.

Na Mesopotâmia, os babilônios dividiram o dia em horas usando o movimento das sombras, criando o primeiro relógio solar. Os sumérios refinaram métodos de medição do tempo e desenvolveram calendários baseados em observações astronômicas e ciclos lunares.

No século VIII surgiu a ampulheta e, em 1386, foi instalado o primeiro relógio mecânico, que contava as horas na Catedral de Salisbury na Inglaterra. Desde então, surgiram relógios de bolso, de pulso e digitais. Hoje, com os smartphones, não precisamos mais de relógios para verificar o tempo.

Segundo o autor, “A outra forma de medir o tempo foi inventada por homens que sabem que a vida não pode ser medida com calendários e relógios. A vida só pode ser marcada com a vida.”

E acrescenta: “Um calendário é coisa precisa: anos, meses, dias, horas, que são marcados com números. Esses números medem o tempo. Mas os pedaços de tempo são bolsos vazios: nada há dentro deles. O bolso vazio do tempo se torna parte do nosso corpo quando o enchemos com vida. Aí o tempo não mais pode ser representado por números. O tempo aparece como um fruto que vai sendo comido: é belo, é colorido, é perfumado. E, à medida que vai sendo comido, vai acabando. Vem a tristeza. O tempo da vida se marca por alegrias e tristezas. Há inícios e há fins.”

“Viver ao ritmo de alegrias e tristezas é ser sábio. “Sapio”, no latim, quer dizer, “eu saboreio”.
O sábio é um degustador da vida. A vida não é para ser medida. Ela é para ser saboreada.”

Gestão de tempo

Assuma o controle do fator tempo e o comando das atividades que você realiza. Christian Barbosa, considerado por muitos o principal especialista em gestão de tempo do Brasil e autor do best seller “A tríade do tempo”, ressalta em seu livro que, durante o dia, perdemos muito tempo com tarefas circunstanciais, isto é, atividades que somos levados a fazer em função de situações que independem da nossa vontade, como atender a um pedido da sua líder que não estava combinado, ir a encontros e festas mesmo sem ter muita vontade e levar trabalho para casa.

Ainda pior é passar o tempo resolvendo urgências que, se não forem executadas imediatamente, irão gerar algum tipo de problema, como um aluno que se machucou, uma questão familiar ou simplesmente o atraso para um compromisso devido a um imprevisto no trânsito.

O que é realmente importante são as ações que trazem resultados efetivos para a nossa vida. Ações feitas hoje que fazem a diferença no trabalho, na vida pessoal e para as pessoas que convivem conosco. Algumas atitudes podem contribuir para melhorar a gestão de tempo e reduzir as atividades urgentes e circunstanciais:

Aumentar as atividades importantes

Organização – Finalize ou inicie a semana com a montagem da sua agenda. O ato de registrar as tarefas com data e hora marcada alivia o estresse, pois não precisaremos gastar energia do cérebro tentando lembrar o que temos que fazer.

Priorização – Crie uma rotina fixa das atividades essenciais e mais relevantes. Deixe claro para você mesmo que essas atividades são imprescindíveis e não podem ser canceladas.

Horário do ócio – O aumento da produtividade está intrinsecamente ligado às pausas e ao descanso adequado. Fazer intervalos regulares, como levantar a cada duas horas de trabalho, esticar o corpo, tomar uma xícara de café e bater um papo rápido com um colega por apenas 10 minutos, pode fazer toda a diferença no desempenho.

Dispersão – Você deixa de aproveitar um tempo de qualidade com a sua família enquanto se distrai com as redes sociais e entradas no WhatsApp? É mais difícil ser o líder da sua vida se você passa muito tempo no papel de seguidor.

Rotina – Charles Duhigg, em seu best-seller “O poder do hábito”, alega que é na rotina que se criam os hábitos. Enquanto a maioria dos estímulos que passam pelos órgãos sensoriais faz um longo caminho pelo cérebro límbico e o córtex, alguns criam atalhos até os gânglios basais, que são responsáveis por diversas funções como: coordenação motora, emoções, cognição e os comportamentos de rotina (hábitos).

Uma das formas de criação dos hábitos é desencadeado por ações que já fizemos muitas vezes, disparando a rotina gravada nos gânglios basais. Quando o hábito toma o controle, o corpo segue a rotina habitual no automático até encontrar a porta de saída e a recompensa. Charles Duhigg declara que o cérebro precisa de três meses de repetição para criar um hábito. Mas cuidado, os vícios também nascem da mesma forma.

 

Reduzir as atividades circunstanciais

Reduzir as atividades urgentes

Aprenda a dizer não! Evite assumir responsabilidades que não dará conta e de ser interrompido ou adiar suas atividades importantes. Procrastinação – Comece pelo que é mais intenso e trabalhoso – É comum deixarmos as tarefas e atitudes mais difíceis para a última hora até sermos obrigados a correr e, assim, nos estressamos.

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